Crescimento econômico do Paraguai não refletiu na renda per capita
16 de março de 2017Com crescimento econômico de 4,1% em 2016, o Paraguai se mantém como a segunda economia mais dinâmica da América Latina, atrás apenas da Bolívia que cresceu 4,5%. Mesmo sendo o país que mais cresce entre os colegas de Mercosul, Brasil, Argentina e Uruguai, o Paraguai ainda não conseguiu que essa expansão chegasse à maior parte da população. Pelo contrário, de acordo com dados globais do Banco Comercial Português (BCP), a renda per capita (indicador que ajuda a medir o grau de desenvolvimento econômico) dos paraguaios caiu em relação à 2015.
A pesquisa do BCP revelou que em 2016, a renda per capita do Paraguai cresceu 1,6%. Se em 2015, o ingresso médio por habitante foi de USD 4.052, no ano passado o valor baixou para USD 3.995, por habitante, uma queda de 1,41%.
O setor de serviços, que representa 42,1% da economia paraguaia e onde se concentra a maior parte dos trabalhadores do país, cresceu apenas 1,6%. Baixo, porém ainda positivo, o número se deve a recuperação do último trimestre do ano passado, quando aumentaram as vendas do setor comercial, atividade empresarial, hotéis e restaurantes.
Por outro lado, o setor agrícola teve uma expansão de 2,6%, considerada positiva, se levada em conta a baixa dos preços internacionais dos principais produtos de exportação, como soja e gado. Em 2015, o setor agrícola cresceu 6,5%. Ainda em 2016, a criação de gado cresceu 4,1%, puxado pelo aumento das exportações ao mercado chileno, compensando a queda das vendas à Rússia.
O setor comercial expandiu 5,3%, puxado pelo setor de laticínios, grãos, panificação, bebidas, tabaco e produção de minerais e químicos. A construção foi o setor com maior expansão no ano passado, com crescimento de 18,6%, sendo que, 80% correspondem ao setor privado. As empresas binacionais tiveram crescimento de 12,6%.
(Fonte: RadioCulturaFoz – Pesquisado em 16/03/2017)